Por Clarissa Oliveira e Daniel Machado
Equipe Destrave
Quando falamos de moda estamos falando de um mundo amplo e complexo. Existe a moda dos punks, dos hippies, dos anos 60, 80, das crianças, dos idosos, das passarelas, do Oriente, do Ocidente, assim por diante. Certo mesmo é que o ser humano sempre precisou adaptar seu modo de ser, de agir e de se vestir ao seu contexto social.
Mas de onde vêm este comportamento e as tendências da moda?
Segundo o professor de moda Raphael Finoti, a moda na vestimenta começou com os homens. “Quanto mais se vestiam [bem], tanto mais eles eram aceitos e prestigiados na sociedade”, revela Finoti.
A partir do fim da Idade Média a burguesia passou a copiar o estilo de se vestir dos nobres para também ser aceita na sociedade. A forma de se vestir mostrava a classe e o prestígio do homem ou da mulher diante da sociedade. “Os vestidos chegavam a pesar até 45kg e quanto maior o vestido, tanto mais dinheiro tinha a dama”, ensina o professor de moda. Desde então, os nobres têm ditado a forma como a sociedade deveria se vestir, já que todas as outras classes buscavam imitá-los.
A história não mudou muito de lá para cá. Hoje as pessoas de diversas classes sociais tentam copiar a forma de se vestir de artistas, modelos, atores e pessoas influentes na mídia.
“Vista aquilo que te faz bem mas não fuja do que você é como pessoa”
Não importa quanto custa tal calça, tal vestido ou acessório, na busca de se enquadrar nesta sociedade da aparência vale “fazer das tripas coração” para não se sentir excluído.
Raphael Finoti "A roupa expõe a nossa personalidade"
Mas alguém pode perguntar: “Estar na moda é algo ruim?” Não! Afinal, todos nós, de certa forma, estamos dentro de um contexto social e, consequentemente, usamos uma moda. No entanto, não é justo que percamos a nossa liberdade – e também o nosso dinheiro – para obedecer à ditadura da moda. Não é justo que uma pessoa, influenciada pela propaganda, gaste além do que pode para se sentir melhor e tentar ser mais “feliz”.
Passar a usar determinada roupa ou assumir um comportamento específico só porque o artista da novela ou aquela cantora famosa a usa ou se comporta de tal forma é vender a nossa liberdade.
“A roupa expõe a nossa personalidade. Vista aquilo que você se sente bem, mas que não fuja daquilo que você é como pessoa”, ressalta o professor.
Para o cristão existe uma moda? Sim, a moda da consciência e do discernimento. Já dizia São Paulo “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma” (I Cor 6, 12).
De fato, muitas vezes, é isso que falta para aqueles que usam de tudo o que aparece pela frente apenas por “estar na moda”, atender ao apelo midiático e preencher o vazio interior.
Será que por trás daquele tipo de roupa, da compra daquele tênis de marca, de me vestir como aquele (a) cantor (a), não está escondido a fuga da realidade e de mim mesmo? O que estou escondendo e, ao mesmo tempo, querendo mostrar às pessoas?
Cuidar do corpo, se arrumar, estar bem exteriormente é sinal de saúde psíquica, física e espiritual. Devemos cuidar da nossa aparência, sim, mas fazer disso uma necessidade vital, uma preocupação exagerada é sinal de doença e escravidão aos padrões do mundo. Uma pessoa não pode resumir o seu ser na estética nem buscar nisso a sua felicidade. O segredo da beleza está numa vida cheia de sentido.
Sabe o que realmente é estar na moda? Ser você!
Dica da moda em 100 segundos:
Fonte:
blog Destrave CN e Youtube
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